terça-feira, 15 de março de 2016

Caracteriza-te com objetos

Hoje trago-vos algo diferente

Sento-me nesta cadeira, aparentemente abandonada e fria. Esta range por cada vez que me encosto, desnivela por cada vez que me sento nela. Mas é a minha cadeira. Eu gosto de passar grandes períodos de tempo sentada nesta cadeira.

Pego na caneta e seguro-a com a minha mão direita, muito delicadamente. Esta caneta sente o meu suor, o nervosismo e todos os outros estados de espirito que percorrem o meu corpo até à ponta dos meus dedos. A caneta mais do que ninguém, enfrenta os meus sentimentos e mantém-nos dentro do meu corpo.

O lápis aguenta a dor do desaparecimento. Vai se tornando cada vez mais pequeno, porque nele eu desabafo os meus segredos. É um amigo temporário, visto que em breve desaparecerá e logo terei outro, a quem expor os meus pensamentos.

A minha borracha vai sendo destruída. Quando me sinto nervosa ou instável, a borracha vai desaparecendo. Para além de servir para eu apagar memórias impressas ou rascunhos da minha vida, é utilizada como o meu "saco de boxe" pois eu fragmento-a.

Os meus fones são o meu refúgio. Com eles eu canto, sorriu e choro. Devo-lhes muito por tudo o que conseguem fazer por mim. Desligo-me de tudo o que seja incorreto na minha vida, penso em tudo o que trago comigo.

O meu gravador de voz. O meu gravador fornece-me um pouco de segurança. Nele eu posso expor aquilo que mais gosto de fazer e desta forma, apenas ele me julga, demonstrando-me aquilo que ouvem e não aquilo que eu ouço, mas apenas ele.

A bola de vólei simboliza uma grande importância na minha vida. Já me acompanha à cerca de metade da vida. Eu desabafo com a bola, é a minha melhor amiga.

O espelho. Este objeto reflete aquilo que eu sou no presente e faz-me refletir sobre o passado. Ajuda-me a nunca desistir de mim própria, e transmite-me orgulho pelas grandes passadas que tenho dado.

As minhas joelheiras dizem-me que eu sou capaz de me atirar para aquilo que eu mais gosto e permitem-me não desistir e lutar. São essenciais.

Todos estes objetos são característicos da minha vida. Tirar-me algum deles seria retirar um pedaço significativo de mim e daquilo que eu sou. E tu, já pensaste naquilo que te caracteriza?
                                                                                                                 Com amor, sol

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